
MIXTAPE RV RS 2009 DOWNLOAD.rar
Completando aproximadamente 15 anos de Hip Hop, o Revolução RS, um dos mais importantes grupos de Rap do Sul, resiste e revela três sobreviventes e uma nova sigla: "RV.RS". Vindo da zona leste de Porto Alegre ele se tornou um dos grandes representantes do hip hop gaúcho, confira entrevista exclusiva para a 24POR48.
PX, Peia e Sadol nos falam sobre musica, e trabalho um pouco da rotina no front de guerra.
Primeiramente, qual a formação atual do Revolução RS, ou melhor, RV.RS, continua sendo esta a proposta?
Sim, pela sintonia que tem os mc´s e o DJ na produção dos novos som, nunca fugindo da proposta que o grupo Revolução teve desde o início, com músicas de protesto e postura de atitude junto ao movimento hip hop e a comunidade Bom Jesus.
Vocais: PX, Sadol e /DJ: Péia
24POR48- PX, Peia e Sadol, sabemos e o grupo que inicio nos anos 90 passou por varias formações com o tempo, quem é o Revolução RS hoje? Quanto tempo de atividade no Hip Hop gaúcho?
Já são 15 anos de Revolução, desde Revolução RAP em 1993, Revolução RS em 2000 e, atualmente, com o nome de RV.RS.

PX: Foi dançando nos Bailes do Metal, New Looking... com o grupo “Star Charme”, criado em 1991 no bairro Bom Jesus, comecei minha trajetória no movimento Hip Hop. Juntamente com Guibes, fundamos o Grupo Revolução RAP em 1993
Péia: Em 1995 tive contato com os toca-discos no partenon , nas pick-up´s do DJ Deeley nos ensaios do SofG. Nessa época ainda formei com Negro X o grupo Anti-Genocídio. Em 1998 ingressei no Revolução, através de uma participação no Festival promovido Zeneide em Esteio.
Sadol: Em 2000 comecei a fazer rap na Bom Jesus com o Grupo 14º Comando com uma música produzida por Amarelo e DJ Péia. Fazia participações no Revolução RS em 2004, integrando a nova formação RV.RS em 2006.
O grupo Revolução RAP, criado por volta de 1993 por PX e Guibes. Em novembro de 1996, Ano 1 da Revista Raça, é publicada a matéria “Os melhores do Rap 96”, evento realizado em 30 de setembro, que premiou Revolução Rap – na revista Revolução Rapper – como melhor grupo de RAP do Sul do País (reportagem Francisco de Oliveira). Em 14 de junho de 1998, Revolução RAP é um dos destaques da matéria “Cultura Pop” do Jornal Zero Hora, fato que marcou a primeira abertura da mídia tradicional para o movimento hip hop. No final do ano de 2003, Revolução RS lança seu primeiro EP com 5 faixas de Áudio e uma faixa multimídia do videoclipe Russo.
VIDEO CLIP RUSSO
VIDEO CLIP FODA-SE
Em 2005, Revolução novamente ganha projeção nacional na Edição Especial Rap Brasil “Porto Alegre: O RAP Gaúcho se prepara para invadir o Brasil”. Em 2008 já prepara outro EP com as musicas “Linda de Lilás” e “Disfrute”.
24POR48- Vocês chegaram a morar em SP para produzirem um disco, conte desta experiência e quem foram os parceiros.
Nossa viagem para SP na virada de 1999 para 2000, foi fruto do nosso trabalho e projeção profissional do Revolução RAP, quando tivemos a oportunidade de conhecer Milton Sales, do qual tivemos o convite de gravar o nosso primeiro CD, através da Gravadora CIA Paulista. Ficamos morando em São Paulo cerca de um ano, oportunizando o contato com estúdios e produtores profissionais como o DJ. Sílvio Miller, Rogétio e Beethoven. Conhecemos a cena do hip hop paulista, visitando a Casa do Hip Hop de Diadema e alguns festivais e casas noturnas do Hip Hop. Trocamos muita idéia com as pessoas nas ruas, eventos e, principalmente, na Galeria 24 maio, ponto de encontro do movimento em SP. Em SP divulgamos nosso trabalho e fizemos alguns show´s. Foi uma experiência de amadurecimento. Lá em SP escrevemos Músicas novas como a "Russo", carro chefe da nova fase Revolução RS.
24POR48- Até hoje vocês são cobrados por não terem lançado um disco oficialmente, quais foram as maiores dificuldades?
Essas dificuldades vem de encontro com os problemas estruturais na cena fonográfica do RAP nacional, em especial o contexto do RS. A dificuldades de lançar um grupo de periferia com muito pouco recurso de produção, nos obrigou a fazer os próprios corres, desde a produção independente. Desses corres, nasceu a confecção de camisetas e adesivos para a divulgação do grupo de uma serigrafia improvisada. A produção da música Russo foi um exemplo disso, fizemos Ela numa base que o Péia tinha do Rakim, depois o Nitro fez um beat e um sampler, em que colocamos o vocal. O Nitro ainda mixou e materializou tudo no quarto de um amigo (Mexicano), cedido como estúdio na época. A confecção do primeiro EP foi ganhou as ruas com uma capa de papelão, em que a impressão gráfica da capa e do cd foram feitas pelo próprio PX na serigrafia de fundo de casa. A distribuição foi de mão em mão, nas ruas, eventos e festas. Isso tudo foi um dispositivo para o nosso empreendedorismo. Hoje temos a ONG KSULO, que oferece oficinas de hip hop e capacitação em serigrafia para jovens numa cede alugada na Bom Jesus, e queremos incluir o estúdio Multimídia no projeto.
Nossa viagem para SP na virada de 1999 para 2000, foi fruto do nosso trabalho e projeção profissional do Revolução RAP, quando tivemos a oportunidade de conhecer Milton Sales, do qual tivemos o convite de gravar o nosso primeiro CD, através da Gravadora CIA Paulista. Ficamos morando em São Paulo cerca de um ano, oportunizando o contato com estúdios e produtores profissionais como o DJ. Sílvio Miller, Rogétio e Beethoven. Conhecemos a cena do hip hop paulista, visitando a Casa do Hip Hop de Diadema e alguns festivais e casas noturnas do Hip Hop. Trocamos muita idéia com as pessoas nas ruas, eventos e, principalmente, na Galeria 24 maio, ponto de encontro do movimento em SP. Em SP divulgamos nosso trabalho e fizemos alguns show´s. Foi uma experiência de amadurecimento. Lá em SP escrevemos Músicas novas como a "Russo", carro chefe da nova fase Revolução RS.
24POR48- Até hoje vocês são cobrados por não terem lançado um disco oficialmente, quais foram as maiores dificuldades?
Essas dificuldades vem de encontro com os problemas estruturais na cena fonográfica do RAP nacional, em especial o contexto do RS. A dificuldades de lançar um grupo de periferia com muito pouco recurso de produção, nos obrigou a fazer os próprios corres, desde a produção independente. Desses corres, nasceu a confecção de camisetas e adesivos para a divulgação do grupo de uma serigrafia improvisada. A produção da música Russo foi um exemplo disso, fizemos Ela numa base que o Péia tinha do Rakim, depois o Nitro fez um beat e um sampler, em que colocamos o vocal. O Nitro ainda mixou e materializou tudo no quarto de um amigo (Mexicano), cedido como estúdio na época. A confecção do primeiro EP foi ganhou as ruas com uma capa de papelão, em que a impressão gráfica da capa e do cd foram feitas pelo próprio PX na serigrafia de fundo de casa. A distribuição foi de mão em mão, nas ruas, eventos e festas. Isso tudo foi um dispositivo para o nosso empreendedorismo. Hoje temos a ONG KSULO, que oferece oficinas de hip hop e capacitação em serigrafia para jovens numa cede alugada na Bom Jesus, e queremos incluir o estúdio Multimídia no projeto.
Sobre a parte fonográfica da cena gaúcha, o RV.RS sempre teve consciência das dificuldades de se fazer um disco, distribuir e vender na lógica independente. A produtora 24 por 28 vem fortalecendo a rede no RS como Caxias, São Leopoldo e Novo Hamburgo, assim como em SP com Bonne Dee. A cena tende a se estrutural melhor com a união das entidades do movimento hip hop que estão cada vez mais amadurecendo o circuito da cultura hip hop para a construção da cena forte no RS e no cenário nacional. Então, a demora, na verdade, vem juntamente com o amadurecimentos na área em que atuamos, mas que hoje vem com força total para botar em prática evolução do RAP.
24POR48- O que o publico pode esperar nesta nova etapa do RVRS em termos sonoros?
O público pode esperar muitos beats, levadas diferenciadas e musicalidade amadurecida. O RV.RS tá com musicas novas. No início do ano lançamos a música “Disfrute” e ainda estamos iniciando a divulgação da música “Linda de Lilás”. O vocal da Fabiana trouxe evolução na pegada dos beck vocais e das rimas. A projeção é o fechamento do EP mais as música “Lágrimas”, Bonjianos” e Bailanta com as participações de Bocão, Dedi & Curumi.
24POR48- Vocês pensam apostar em trabalhos paralelos como PX solo e uma mix tape do DJ Peia?
Tudo ao seu tempo, de como será dada a projeção de cada um. Vemos isso a frente... na consagração dos elementos. Mas sim... É possível.
24POR48- O que podemos constatar nos últimos é que vocês seguraram a parte artística para se dedicarem a projetos que pudessem compartilhar com a sua comunidade. Fale um pouco sobre estes projetos de inclusão e sobre o KSULO.
A Casa do hip hop atende mais de 100 jovens na comunidade Bom Jesus, com oficinas de geração de renda, através da confecção de roupas 470 e o estudo dos 4 elementos. Em abril de 2006, alugamos uma casa, a qual serve de sede para as atividades. Contamos hoje com uma sala de música, uma sala de informática, almoxarifado e sala de serigrafia. Mantemos as oficinas de MC, Dança e capacitação em Serigrafia. O projeto vem ganhando reconhecimento e fortalece suas iniciativas com parceiros como Fundação Luterana de Diaconia, Moradia e Cidadania, Ponto de Culturas e as diversas redes do movimento hip hop e economia solidária.Aliado a questão financeira para a produção e distribuição do CD, o RV.RS coordena a gestão e as ações do KSULO, tendo que nos dividir para dar conta do cronograma de atividades, o corre para pagar contas e reuniões junto a entidades e órgãos públicos. Mas esses corres só vem a fortalecer e vem potencializando nosso trabalho como grupo, estruturando espaço de trabalho, não só pro RV.RS, mas pra todo o movimento.
O público pode esperar muitos beats, levadas diferenciadas e musicalidade amadurecida. O RV.RS tá com musicas novas. No início do ano lançamos a música “Disfrute” e ainda estamos iniciando a divulgação da música “Linda de Lilás”. O vocal da Fabiana trouxe evolução na pegada dos beck vocais e das rimas. A projeção é o fechamento do EP mais as música “Lágrimas”, Bonjianos” e Bailanta com as participações de Bocão, Dedi & Curumi.
24POR48- Vocês pensam apostar em trabalhos paralelos como PX solo e uma mix tape do DJ Peia?
Tudo ao seu tempo, de como será dada a projeção de cada um. Vemos isso a frente... na consagração dos elementos. Mas sim... É possível.
24POR48- O que podemos constatar nos últimos é que vocês seguraram a parte artística para se dedicarem a projetos que pudessem compartilhar com a sua comunidade. Fale um pouco sobre estes projetos de inclusão e sobre o KSULO.
A Casa do hip hop atende mais de 100 jovens na comunidade Bom Jesus, com oficinas de geração de renda, através da confecção de roupas 470 e o estudo dos 4 elementos. Em abril de 2006, alugamos uma casa, a qual serve de sede para as atividades. Contamos hoje com uma sala de música, uma sala de informática, almoxarifado e sala de serigrafia. Mantemos as oficinas de MC, Dança e capacitação em Serigrafia. O projeto vem ganhando reconhecimento e fortalece suas iniciativas com parceiros como Fundação Luterana de Diaconia, Moradia e Cidadania, Ponto de Culturas e as diversas redes do movimento hip hop e economia solidária.Aliado a questão financeira para a produção e distribuição do CD, o RV.RS coordena a gestão e as ações do KSULO, tendo que nos dividir para dar conta do cronograma de atividades, o corre para pagar contas e reuniões junto a entidades e órgãos públicos. Mas esses corres só vem a fortalecer e vem potencializando nosso trabalho como grupo, estruturando espaço de trabalho, não só pro RV.RS, mas pra todo o movimento.




